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Rachado, PT é o novo aliado de Silval ao Governo de MT 371262

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Data: Domingo, 23/05/2010 00:00
Fonte:

Fonte:24horasnews/Hebert Almeida 6yc

Desde às 15 horas e alguns minutos deste domingo, dia 23, o Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso se transformou no mais novo aliado eleitoral do governador Silval Barbosa, pré-candidato do PMDB a reeleição. Usando um método da qual combateu ferozmente no pós-ditadura, o grupo liderado pelo  deputado federal Carlos Abicalil não tomou conhecimento e subvertendo os princípios democráticos “patrolou” com rolo compressor os grupos minoritários  que defendiam outras teses, como adiamento da decisão para construção da unidade e também o debate com outras candidaturas, como a de Mauro Mendes, do PSB, defendida pela senadora Serys Slhessarenko (PT).

Escolhido de forma já não mais de forma tão clara como candidato ao Senado pelo PT, Carlos Abicalil, juntamente com o seu grupo, deu uma rara demonstração de fidelidade canina ao governador Silval Barbosa, ao PMDB e aos cargos que tem assegurados no Governo. Com possibilidade, inclusive, de serem ampliados a partir de agora – conforme se firmou no entendimento. Com pressa inigualável, não tomou conhecimento do que poderá vir pela frente, argumentados durante o Encontro de Delegados.

“Tudo se resolve” – disse o dirigente, ao se referir a eventuais escândalos envolvendo o PT e o próprio Governo. Não ligou para os questionamentos dos grupos o que responsabilizam pela vitimização da senadora Serys e tampouco para o caso do vídeo que circula na internet, em que um dirigente petista da cidade de Alto Paraguai relata o esquema usado para beneficiar o dirigente na disputa pela vaga de candidato ao Senado; fez ouvidos mocos.

Em verdade, o dirigente petista tinha pressa. Ao fluir nos resultados das prévias, em que venceu por uma margem minoritária de votos, Abicalil viu assombração ir para cima de si quando o governador chamou-o para questionar o “racha” no partido. Sem muitos argumentos, garantiu que estava tudo sob controle e que após o encontro o PT estaria nos braços do peemedebista. Com a derrota política latente, Abicalil ainda viu o governador ameaçar a posição do PT na aliança – o que significaria perder espaço para outras siglas aliadas. Paciente com o calendário, Abicalil fez o que prometeu. Em parte!

A decisão do PT consumou a fratura que já estava exposta. Durante quase cinco horas, discursos inflamados e muita provocação dominaram o Encontro de Delegados, realizado na sede da Fiemtec, no bairro do Porto. Sobraram denúncias e acusações. Tudo em vão! O grupo se valeu do resultado do PED de novembro do ano ado, quando fez maioria e não considerou o resultado da prévia, que mostrou uma correlação de forças – independente de ter havido fraude ou não na votação.  As cartas em favor de Abicalil estavam determinadas desde então com a seguinte posição: o PT iria fechar com o PMDB de Silval Barbosa, que tratou de garantir o espaço do grupo do Governo.

“Silval comprou gato por lebre” – disse o membro da Executiva Regional, Jairo Rocha, ao deixar o local do encontro. Segundo ele, o PT segue rachado – e, na sua avaliação – um pouco mais do que o grupo de Abicalil possa imaginar. “A sorte do PT está lançada de uma maneira fragilizada e submissa”.

A senadora Serys Slhessarenko, por sua vez, também questionou a legitimidade dos delegados para tomar a decisão e lamentou que o deputado federal Carlos Abicalil tenha usado da pior estratégia. “Mais cedo ou mais tarde ele será responsabilizado pelo que fez” – disse a senadora. Ela afirmou que vai cobrar as investigações sobre o “escândalo da prévia” e também uma posição firme do PT e coerente com sua história contra a corrupção.