Um crime brutal chocou a cidade de Itanhangá, a 505 km de Cuiabá, na tarde da última terça-feira (15 de abril). O ex-morador de Aripuanã, Cecílio Coletti, de 80 anos, foi encontrado morto dentro de sua residência com sinais de violência. O corpo da vítima apresentava múltiplas perfurações de faca, além de estar com um cinto enrolado no pescoço e envolto em lençóis, caído entre a cama e a janela do quarto. 5j91n
O caso foi descoberto após o neto da vítima encontrar o corpo e acionar a polícia. A Polícia Civil iniciou as investigações imediatamente e, ainda no mesmo dia, prendeu uma jovem de 21 anos, suspeita de ter cometido o crime após um programa sexual com o idoso.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), Cecílio residia em um imóvel que dividia espaço com outro nos fundos, alugado para funcionamento de um bar e cabaré. Ele frequentava o local com regularidade e, segundo relatos, já havia sido alvo de reclamações por parte das funcionárias, que o acusavam de assédio. Cecílio alegava ter "direitos" por ser proprietário do terreno onde o estabelecimento funcionava.
Durante as diligências, os policiais civis ouviram o gerente do bar e as mulheres que trabalhavam no local. Uma das mulheres demonstrou nervosismo excessivo, levantando suspeitas. Isolada para novo depoimento, a jovem acabou confessando o homicídio, alegando como motivação os assédios frequentes do idoso às funcionárias e o não pagamento de R$ 500 acordados por um programa sexual.
Segundo a confissão, após o encontro sexual, Cecílio teria se recusado a pagar o combinado, o que teria levado à agressão. A mulher foi presa em flagrante, resistiu à prisão e precisou ser contida com algemas. Ela foi encaminhada à Delegacia da Polícia Judiciária Civil, onde permanece à disposição da Justiça.
Cecílio Coletti viveu por muitos anos em Aripuanã, onde era figura conhecida da comunidade local. A notícia de sua morte violenta causou comoção entre antigos amigos e moradores da cidade, que lamentaram o desfecho trágico da vida do idoso.
A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer todos os detalhes da ocorrência e verificar se há outros envolvidos no crime. O corpo de Cecílio foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de necropsia.
A identidade da suspeita não foi divulgada oficialmente até o momento. A defesa ainda não se pronunciou sobre o caso.
Mais informações serão divulgadas à medida que as investigações avançarem.