ARIPUANÃ, Sábado, 24/05/2025 -
O município de Aripuanã, localizado na região Noroeste de Mato Grosso, será palco do primeiro projeto de crédito de carbono da região: o Projeto Andorinha – REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal). A iniciativa contempla 25 mil hectares de floresta preservada, com a expectativa de gerar 75 mil créditos de carbono anuais, resultando em uma receita estimada em R$ 6,75 milhões por ano. 9476j
Além de promover a conservação ambiental, o projeto desempenha um papel estratégico na sustentabilidade econômica da região, incentivando produtores rurais a manterem suas áreas preservadas, ao mesmo tempo em que garantem rentabilidade financeira com a comercialização de créditos de carbono.
A área do Projeto Andorinha está situada em uma das regiões mais biodiversas da Amazônia Legal, abrigando rios de águas cristalinas, cachoeiras imponentes e uma fauna diversa, incluindo espécies raras como a onça-pintada e o gavião-real. Um dos maiores atrativos naturais da região é uma cachoeira que serve de refúgio para milhares de andorinhas migratórias vindas dos Estados Unidos durante o inverno – uma das razões para o nome do projeto.
Entretanto, o avanço da infraestrutura, o aumento da valorização fundiária e a expansão da fronteira agrícola trazem desafios para a preservação ambiental. A proximidade com grandes polos agrícolas e a presença da maior mineradora de zinco do mundo na região tornam o equilíbrio entre desenvolvimento e conservação um desafio constante.
Diante desse cenário, o Projeto REDD+ Andorinha surge como uma alternativa eficaz para reduzir o desmatamento, promover a manutenção da floresta em pé e incentivar práticas de desenvolvimento sustentável. A iniciativa alinha-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, contribuindo para ações climáticas, preservação da biodiversidade e valorização das comunidades locais.
O projeto reforça a importância da sustentabilidade na região, provando que produção e preservação podem caminhar juntas, garantindo um futuro econômico viável para produtores rurais e promovendo a conservação de um dos ecossistemas mais ricos da Amazônia Legal.