Na noite de domingo, 15 de dezembro de 2024, a Polícia Judiciária Civil de Aripuanã prendeu Douglas Guimarães Jantara, conhecido como “Dogão”, acusado de homicídio qualificado. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Vara Única da Comarca local após uma investigação detalhada da Delegacia de Aripuanã sobre o assassinato de José Roberto, mais conhecido como "Zé Bete", ocorrido em 17 de abril de 2024. 161m14
O Caso
Câmeras de segurança de uma boate registraram o momento em que Zé Bete foi morto a tiros dentro de seu carro. Antes do crime, ele havia discutido com uma mulher na porta do estabelecimento, chegando a derrubá-la no chão após puxar seu cabelo. Durante a confusão, outros homens intervieram e desarmaram Zé Bete, que aparentava portar uma garrucha.
As imagens mostram que, após a confusão, Zé Bete entrou em seu veículo para deixar o local. No entanto, ele foi surpreendido por Douglas, que disparou várias vezes contra o carro, resultando em sua morte. A análise das imagens foi crucial para a conclusão de que a vítima já não apresentava ameaça, o que desqualificou a alegação inicial de legítima defesa.
Investigação e Prisão Preventiva
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decisão do ministro Herman Benjamin, negou o habeas corpus solicitado pela defesa de Douglas. Na decisão, o ministro destacou a gravidade do crime, a ficha criminal extensa do acusado e o risco que sua liberdade representa para a ordem pública.
Segundo a análise do STJ, o vídeo anexado aos autos demonstrou que Zé Bete já estava desarmado e tentando deixar o local quando foi alvejado. "As pessoas presentes não estavam mais sob perigo, o que evidencia a desproporcionalidade da ação e reforça a necessidade de prisão preventiva", destacou o ministro.
Além disso, Douglas possui histórico criminal, incluindo outros processos em tramitação na comarca de Brasnorte, o que reforçou a decisão judicial de mantê-lo preso como medida de proteção à sociedade e garantia da aplicação da lei penal.
Após ser detido, Douglas Guimarães Jantara foi encaminhado à Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Aripuanã, onde foram realizados os procedimentos legais cabíveis. O caso segue em investigação e, após os trâmites judiciais, o acusado poderá ser levado a julgamento.
A prisão de Douglas demonstra o comprometimento das autoridades com a aplicação da justiça e a segurança da população. O caso continua sendo acompanhado pela Polícia Civil, que busca elucidar todas as circunstâncias relacionadas ao crime.