Fonte:diariodecuiaba r73c
Celeridade no julgamento é o primeiro o para a aplicação da verdadeira justiça. Infelizmente a limitação da estrutura da Justiça do Trabalho representada pela falta de capilarização nos municípios mato-grossenses faz das demandas trabalhistas - salvo exceções morosas ações.
A única forma de assegurar celeridade nas ações do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT da 23ª Região) é expandir o número de Varas no interior, para desafogar as existentes. Ainda que muito aquém na real necessidade, mas mesmo assim importante o nesse sentido foi dado ontem, pelo Órgão Especial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que por unanimidade aprovou anteprojeto do TRT da 23ª Região criando Varas do Trabalho nas cidades de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Peixoto de Azevedo, Sapezal, Alto Araguaia e Colniza.
A instalação das Varas criadas ontem depende somente da ratificação pelo Conselho Nacional de Justiça da decisão do Órgão Especial do TST. Certamente o CNJ não se posicionará contrário à conquista mato-grossense.
Mato Grosso avançou muito nos últimos anos, mas ainda continua permeado de vácuos do Estado, o que na esfera da Justiça do Trabalho em alguns casos significa caminhos superiores a 300 km da Vara do Trabalho mais próxima do reclamante.
A carência do TRT da 23ª Região é amenizada pela criatividade, que botou em operação a Vara Itinerante, que como o nome sugere, vai ao encontro da demanda do cidadão e da empresa, invertendo o caminho natural. Porém, esse atendimento é sazonal, o que se traduz numa espécie de efeito sanfona: ora o Estado se faz presente ora se ausenta.
A Justiça do Trabalho está presente em apenas 17 dos 141 municípios mato-grossenses, muito embora todos pertençam às Varas instaladas, como é o caso de Colniza em relação à Vara de Juína, distante mais de 300 km. O aumento do número de Varas é importante para Mato Grosso e tomara que em outras áreas onde haja vácuo de Estado também ocorra idêntica estruturação.
A Justiça do Trabalho é uma das instituições mais respeitadas pelo povo brasileiro. Sua isenção e a lisura de seus magistrados são espelhos onde o Poder Judiciário como um todo deve mirar permanentemente. Mato Grosso sempre depositou total confiança no TRT da 23ª Região e compreende que a lentidão processual acontece pelo acúmulo das Varas.
O mato-grossense acredita que em breve, com a instalação das seis novas Varas em pontos estratégicos para a interiorização da Justiça do Trabalho, em termos de celeridade a Justiça do Trabalho estará próxima daquilo que almeja sua magistratura, reclamantes, reclamados e a população como um todo.
A Justiça do Trabalho está presente em apenas 17 dos 141 municípios mato-grossenses