Da assessoria 386ye
O candidato a senador Pedro Taques (PDT) voltou a criticar a não-conclusão do Hospital Central. Em discurso durante a inauguração do comitê da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você em Sinop (a 500 km ao norte de Cuiabá) na noite desta quinta-feira (19), ele lembrou que nos últimos 20 anos o Hospital Central foi o único prédio na Avenida do A que não recebeu um tijolo sequer. Taques ressuscitou a polêmica logo após ouvir de moradores reclamações sobrem terem que seguir para Cuiabá para contar com atendimento médico especializado.
Em sua fala, o ex-procurador federal destacou ser de sua autoria a ação que pede que os ex-governadores do Estado indenizem o erário público pela obra inacabada. Emendou explicando que como senador não poderá construir hospitais, mas poderá contribuir para que isso aconteça.
Figuram como réus no processo protocolado em 2003 o senador Jayme Campos, na condição de ex-governador, além do ex-diretor do Departamento de Obras Públicas do Estado, Sérgio Navarro Vieira, os então sócios da construtora Aquário Engenharia Anildo Lima Barros, Paulo Sérgio Costa Moura e Vera Inês da Silva Campos Barros -, e a Eldorado Construções e Obras de Terraplanagem, integrante do grupo empresarial Aquário Engenharia. O ex-governador Blairo Maggi também foi acionado através de pedido formulado pelo Ministério Público Federal. É inaceitável não poder contar com um hospital estadual público em Cuiabá. Por isso afirmo que Mato Grosso precisa de justiça social, que significa saúde, educação, segurança pública e segurança jurídica para quem trabalha e produz, disse.
Taques lembrou a situação caótica da saúde em Mato Grosso. No alto da Avenida do A, o único prédio que não recebeu sequer um tijolo nos últimos 20 anos é o do Hospital Central. A paralisação da obra é outra demonstração do descaso, afirmou o pré-candidato, que acompanha o pré-candidato ao governo, Mauro Mendes, em visita a cerca de 10 municípios.
A primeira etapa da obra do Hospital Central foi concluída na década de 1980. Porém, a etapa final teve apenas 1,61% executados. Esse dado foi apontado em laudo pericial. O empreendimento que, à época deveria custar cerca de US$ 3,8 milhões saltasse para US$ 14 milhões. Além do dinheiro perdido, sobrou uma fila de espera por atendimento médico de 120 mil pessoas, pontuou.